Brazil: 'Quero que saibam que a escola é para todos', diz mulher trans que saiu da prostituição e se tornou professora em Mogi

Há cerca de um ano, a rotina de Alexandra Adriana Braga de Vasconcelos, de Mogi das Cruzes, é como a de qualquer outra educadora. Lições para corrigir, poeira de giz e reunião de pais fazem parte do cotidiano. Mas o que é banal para alguns tem um significado especial para a professora. Ela é uma mulher transexual que encontrou na educação uma forma de superar o preconceito e se reconhecer como parte da sociedade. 

“Me formei em pedagogia no ano de 2008. Em 2009, me pós-graduei como psicopedagoga. O caminho até a escola, desde o início, foi complicado, mas eu cheguei”, diz Alexandra, que ainda carregava o nome masculino quando descobriu sua vocação.

Embora tenha escolhido trabalhar como professora, ela conta que, por muito tempo, quis distância do ambiente escolar. Nas salas de aula, o preconceito era rotina.

Hoje, aos 40 anos, após a redesignação – mudança de sexo – e com o nome feminino na identidade, Alexandra trabalha com mais de 800 alunos, com idades entre 6 e 10 anos, em uma escola municipal de Mogi das Cruzes.

Com a profissão, ela espera contribuir para o fim da discriminação e da intolerância, além de proporcionar aos seus alunos o apoio que não recebeu quando era estudante. Read more via Globo


Alexandra Adriana Braga de Vasconcelos, in Mogi das Cruzes , is like any other educator. Lessons to correct, chalk dust and meeting parents are part of everyday life. But what it is commonplace for some has a special meaning for the teacher. She is a transsexual woman who found education a way to overcome prejudice and recognize themselves as part of society.